*IMAGEM DAVID NOBREGA
Rezo meias palavras descartáveis
De luto pela memória dos poemas
Que nasceram ordinários.
Descartáveis em etapas...
Da criação estranha
Da forma rala...
Do senão.
Não transcendem
Já foram à lata de lixo,
Meus amigos - Vos digo -
A lixeira é a mãe da criação.
E o que não presta,
Não sobra nem soma...
Arromba os olhos
E fere a voz.
Grita de ruim,
Sufoca a beleza
Fere baixinho, miúdo, minguado, sujinho...Sujinho.
Escondo,
Não leio,
Calo,
Pois da produção que não acaba...
Conheço a de lixo -- Destino. --
* Santa Cruz do Sul, depois de um final de semana. A lixeira estava ali, observaram?
Nem há muito o que comentar. Ou há... Mas é coisa de gênio:
ResponderExcluir"Não transcendem
Já foram à lata de lixo,
Meus amigos - Vos digo -
A lixeira é a mãe da criação."
Eu adorei isso!
ResponderExcluirE de imediato me lembrou Clarice:
"O que obviamente não presta, sempre me interessou muito".
Às vezes precisa de um tempo apenas - e do lixo, faz-se o luxo!
Beleza de poema, Letícia!
Abraços,
Moni