sexta-feira, 3 de setembro de 2010

12.




12.

Profetizou de forma patética


A ira dos desocupados

Bateu cartão contra o horário

... Manteve-se agachado.



Bebeu da máxima condolência,

Desenterrou a cova...

(Deitou no buraco)

Assinou embaixo da demência...

Uniu-se ao escárnio.



E de pelos em pelos

Vagou eternamente pela margem,

Em paz com dó...

Do dó da paz.



Retaliou cada pensante,

Discutiu a narrativa

Fechou o ciclo...

Se descobriu traficante de pecados

... A linha dos outros...

Desenhou explosiva.

3 comentários:

  1. Gosto de como tuas palavras acabam remetendo pra um cotidiano absurdo, do quanto a gente acaba estranhando-o e ressignificando tudo. E a gente se torna traficante de pecados, contrabandistas de equívocos... quando a gente não tenta domar as palavras e tornar-se poetas...

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  2. Que maravilha,Letícia. Quanta profundidade em tuas palavras e versos! E teu blog de visual novo, tá lindo também.,beijos,tudo de bom,chica

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  3. Parabéns menina! Você é intensa! Teu blog está realmente lindo... sucesso. Super abraço!

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