Dos espaços herméticos
Saca em punho o bom senso
Se fazendo periférico.
A gente desiste de desistir
E se acostuma a dar soco em parede blindada
Não conseguimos mais nem deprimir...
(Mantemos longe nosso fígado da facada)
E se acostuma a dar soco em parede blindada
Não conseguimos mais nem deprimir...
(Mantemos longe nosso fígado da facada)
A gente grita de pavor
Das cores histéricas
Fazemos campanha contra o salvador
... Somos vencidos pela inércia.
E a gente desiste de desistir
Finge que escuta quando a cabeça está no espaço
É possível se reprimir...
(Fantasiamos nosso rim de palhaço)
Finge que escuta quando a cabeça está no espaço
É possível se reprimir...
(Fantasiamos nosso rim de palhaço)
A gente Vomita de raiva
Dos discursos vagos
Nossas ideias sofreram eutanásia
...Sorvemos o estrago.
E a gente desiste de desitir
Engole o grito e não janta...
Ninguém aguenta colidir...
(Fazemos coração pulsar aos berros na garganta)
Engole o grito e não janta...
Ninguém aguenta colidir...
(Fazemos coração pulsar aos berros na garganta)
Muito bom mesmo.
ResponderExcluirConfira meu blog tbm. bjus.
http://intensevery.blogspot.com/
Adorei perceber a indignação tocando os órgãos, mexendo com o corpo...
ResponderExcluirFalar de quando toca a mente, a alma, já é um tanto lugar-comum. Expressar essas sensações na matéria, e em poesia, é sinal de que essa mente e essa alma já foram longe...
As opiniões diante da realidade são as mais diversas e isso é fatídico, claro. Mas me importa mesmo é ver no que tudo isso se transforma, nas posturas que delas surgem... Isso nos faz continuar.
Adorei a delicadeza construída sobre a pedra nua e fria.
Belíssimo, Letícia!