E daí que alguns perguntam de estilo e eu sigo a linha Quintana de pensar: "
O estilo é uma dificuldade de expressão. " Não sou o tipo de pessoa que vá contemplar a lua para escrever e nem chorar as mazelas pessoais nos poemas. Busco a primeira pessoa como Augusto dos Anjos e a sensação Hist na leitura.
E ficou pronta a resenha do meu livro, a emoção foi a mesma de quando recebi a orelha assinada pela Glória Diógenes
Abaixo resenha literária feita por Andrea Lúcia Barros, escritora e crítica literária:
"Resenhar um livro de poesia é uma tarefa árdua. Não pelo formato em si, mas porque interpretar a alma do poeta é algo ingrato. Entretanto, Numérica, livro de Letícia Coelho, é tão denso e conciso que o leitor absorve as palavras. Essa é justamente a sua maior virtude, a clareza. A capacidade de narrar em versos está em suas veias.
A sutileza com que a poetisa transfere para o papel seus sentimentos chega a furar a folha tal qual uma flechada no coração do leitor. Fere. Contudo, ela também tem nas mãos a suavidade para pincelar o amor. A leveza também é substituída pelo sarcasmo e ironia. Letícia tem o dom de mudar seus poemas e colocar nas palavras a fúria ou insatisfação que lhe inferem. Um toque de acidez nunca faz mal, principalmente quando se fala em versos.
Algo interessante e intrigante é o título que cada poema de Numérica recebe, não nomes convencionais, mas números. Aliás, esse é um diferencial que torna cada poema atraente. Afinal, se o leitor ler o seguinte 50. (53-12=41) {41+9} ficará interessado em saber o conteúdo dos versos? Confesso que fiquei. Li um a um com a ansiedade de um leitor iniciante.
Porém, a poetisa comete a audácia de deixar muitos dos poemas sem um nome. O leitor vira a página e se depara com o primeiro verso. Assim, simples e direto. É justamente aí que está o contraponto do livro. A simplicidade toma o lugar da complexidade e juntos formam essas páginas, cujos versos são lindos ou odiosos; penetrantes ou impenetráveis, duvidosos ou incertos.
Como um camaleão, por meio da escrita, Letícia Coelho torna-se muitas poetisas. Um animal em transformação constante, sofrendo de mutação a cada palavra escrita. Talvez esse seja o segredo do primoroso Numérica. Um livro para ser lido com intensidade e calma, atenção e compreensão. Há muito a literatura vem precisando de poetas que ousem como Letícia tem feito. "
A sutileza com que a poetisa transfere para o papel seus sentimentos chega a furar a folha tal qual uma flechada no coração do leitor. Fere. Contudo, ela também tem nas mãos a suavidade para pincelar o amor. A leveza também é substituída pelo sarcasmo e ironia. Letícia tem o dom de mudar seus poemas e colocar nas palavras a fúria ou insatisfação que lhe inferem. Um toque de acidez nunca faz mal, principalmente quando se fala em versos.
Algo interessante e intrigante é o título que cada poema de Numérica recebe, não nomes convencionais, mas números. Aliás, esse é um diferencial que torna cada poema atraente. Afinal, se o leitor ler o seguinte 50. (53-12=41) {41+9} ficará interessado em saber o conteúdo dos versos? Confesso que fiquei. Li um a um com a ansiedade de um leitor iniciante.
Porém, a poetisa comete a audácia de deixar muitos dos poemas sem um nome. O leitor vira a página e se depara com o primeiro verso. Assim, simples e direto. É justamente aí que está o contraponto do livro. A simplicidade toma o lugar da complexidade e juntos formam essas páginas, cujos versos são lindos ou odiosos; penetrantes ou impenetráveis, duvidosos ou incertos.
Como um camaleão, por meio da escrita, Letícia Coelho torna-se muitas poetisas. Um animal em transformação constante, sofrendo de mutação a cada palavra escrita. Talvez esse seja o segredo do primoroso Numérica. Um livro para ser lido com intensidade e calma, atenção e compreensão. Há muito a literatura vem precisando de poetas que ousem como Letícia tem feito. "
A resenha foi em cheio: poetas são camaleões!
ResponderExcluirE a tua poesia, da qual sou fã, representa essas tantas que somos e podemos ser!
Parabéns, amora!
Tu mereces!
Beijos
Sofri pra ter o teu primeiro, agora acho que, depois da experiência q adquirimos, será moleza.
ResponderExcluirPela resenha, nem precisamos falar nada...