quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Das letras

A.
Você mata 20 tigres por dia,
Almoça um sapo
Diz mais ou menos o ditado...
Que não me importa,
Na verdade
(crua-azeda)
A sentença de ditados
E das cabeças. 


B.
Cabeças "Xiintelectualizadas"
E vazias de tão cheias,
Fico muda
  - Como muda de cega - 
Em protesto contra a socialização dessa...
Dessa burrice que é opcional,
Tal qual escolha de lugar para jantar
Ou adereço para festa. 


C.
E você precisa fazer festa
Comemorar ao menos sua vida,
Esqueça a do vizinho
Ou lave sua louça...
Deite no sofá,
Vidinha sem vergonha
De quem precisa provar;
Provar pra quem?
Quem te vê e quem não te enxerga. 


D.
Só te enxerga quem te sabe
Se não se sabe, não te alcança...
Vive eterna busca quadrada
Do círculo que promete
...Quadrada pra ter espaço de descanso
E cansa, como cansa
Fazer nada o dia inteiro, não?
Lamuriar a não compreensão
É a molecagem ganhando tinta de politização.


E. 
Aproveita que está na moda ser moleque:
Fale que você é fruto dos frutos podres,
Produto da industrialização
Diz que não teve escolha
É assim e ponto final
Já foi, já era...
A vida anda fera
(culpa alguém, não use cautela)


F.
Cautela atualmente é juízo,
E juízo anda com alta prestação
Contraditório mundo velho
As palavras mudam
 - E eu continuo muda... - 
Não mudo
a coragem, nem o brilho dos olhos
Não mudo nada,
Algumas vezes melhoro.


G.
Melhoro o que está de bom e pior,
minhas crises, dramas
O talento nato para a bagunça;
Melhoro minha cara de choro, 
Meus motivos para sorrir
Para cantar,
Ah, eu melhoro.
Melhoro minha leitura,
Meu amor, meu chão.


H.
O chão anda duro pra tanta queda
Mas levantamos,
Mesmo que com os pés quebrados
(flutuação)
Vale para quem arrisca
Sorriso encantado,
De quem colhe o que planta
E colhe a safra boa,
Não... Não é fácil
Se fácil, fosse, diria eu:  hipocrisia.

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