terça-feira, 26 de julho de 2011

Acordei sem sono



Benzinho o mundo está louco
O sangue corre nas ruas 
As ideias já nascem deletadas...
É fogo de palha, tem fogo na bota
Tem aquele cara lá de bombacha
Que trocou a cuia pelo copo de cerveja
É doideira meu amor, 
Pura e simples analogia da contra anarquia.

Vamos quebrar o relógio para variar...
 - As variantes são tão insignificantes
Mortas e esquartejadas que tem mais é que parar - 
Dar um tempo desse tempo sem causa justa
De minutos e segundos que procriam em horas intermináveis
Benzinho o mundo está louco,
Anda pirado e não quero ficar parado. 

Eu sigo olhando meu saxofone, parado
Sua inteligência: estagnada...
Bota para ferver, toca para foder
Por que Benzinho o pior já passou 
No significado de merda está lá colado alguns de nossos dias,
Esse é nosso álbum de retratos...
A gente sabia que não seria fácil. 

Benzinho o mundo está louco
É tanta parte que não forma mais o todo
O calendário é nosso sofá e nossa falta de programa na televisão
...O mundo... É nossa conversa após as duas, depois de parar
A festa é um filme depois do jantar
Os sonhos foram feitos ontem, 
Depois do inferno é que descobrimos que só vale pausar. 

Nosso patrimonio é uma biblioteca 
Imagina que querem que nos desfaçamos dela...
Nossa memória está lá no HD
Que já não encontra espaço para ser
E eu já te disse que quero casar
Porque Benzinho com você é sol e mar,
Casa de barco em João Pessoa
Vida de mato na casa de rede
... É isso que gira,
E o relógio continua com ciúmes dos nossos dias.

Benzinho já te disse: o mundo está louco,
Varrido, doideira já não é doença...
Estado normal das partículas que correm
Ninguém mais dança
É só lamento em tom alto
Mas a gente canta e se canta
Nas manhãs de todos as luas
Endoidando mais o mundo
Que já está fora do eixo e é questão de tempo...
Para cair em desalento.

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