sábado, 23 de abril de 2011
É de rima pobre
É de rima pobre que se faz a vida,
As ricas...
Deixamos para os abutres
Carniceiros da palavra, bendita.
E ela grita a dor de Quintana
Ao ler nas nuvens...
Aquela meia palavra bonita
De alma aflita...
D'alma ferida.
Porque é sim, de rima pobre que se faz a vida,
Pensa o barro e o laço...
Termina linha - cede espaço
Projeto que retrata o ordinário]
E almeja o formidável.
A palavra esperança está sob a viseira
De quem adoece a ponta da letra
... Joga basquete e não acerta a cesta...
Ora pela base pronta, armada em nada
- Só tem você na quadra. -
É de rima pobre que se faz a vida,
Cabeça erguida...
Não importa a ferida]
Cai de quatro e aproveita o pasto
Sempre existe um lado positivo,
Para quem tem o braço quadrado.
Dizem que acabou a utopia,
E eu não acredito em nada...
Tão pouco que a terra não seja quadrada
Cada canto com seu espaço
Cada dó no seu compasso.
É de rima pobre que se faz a vida...
Tem dureza na linha,
Tem aspereza que transborda
... De forma precavida.
*Imagem David Nobrega
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Pare para reparar na riqueza dessas rimas pobres...
ResponderExcluirA vida é. E pronto.
O lindo nem resume mais seus versos!
=)
Nunca acho rima pobre, gosto de rimar, mesmo quando não rima, se é que me entendes... rsrs
ResponderExcluirBeijo, poet'amiga!
É, de rima pobre...
ResponderExcluirAbraço
É de rima pobre que se faz vida nobre.
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