quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tempero




Tem um pingo de nada
A lembrança que arrisca...
Trama a frase, 
(Belisca) 
Inaugurações em calda
Em cada esquina. 

Não tem poeta-cabeça
Nem encanto do amor
É a dureza do quase
Solfejada de fá...
É o embalo do batimento
cachaça da escrita
Rima pobre,
Rima rica...
Que faz sentido na pele,
(Reversa)
Indefinida cor. 

E continua aquele pingo de nada
No suspiro-travesseiro
Na fadiga de tecer canteiros...
E histérica é a crase
Que comprime o para
Ajustando
Os segundos e terceiros. 

Nessa casa não tem poeta-que-salva
Tem uns pratos sujos na pia,
Um reboque para a língua
Uma pá de sabor...
É o drama do dia a dia
filé da vida
Meninice da linha...
O abraço domingueiro
De quem ganha a saúde do rim
Sepultando no beijo...
Desejos. 

3 comentários:

  1. Adoro sua poesia. Qdo vc comenta no blog, nunca sei pra qual dos seus blogs, devo retribuir a visita.
    Big Beijos

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  2. Li e reli e me encanto com teu jeitinho todo teu de poetar! um beijo e lindo fs!chica

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  3. Letícia, que maravilhoso esse seu cantinho!

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