sexta-feira, 27 de maio de 2011

Do que se perde...



E nessa vida se perde muito
... O muito do tempo...
Segundos por segundos
O vazio e o nada profundo.


Perdem - se vários pedaços pelo caminho
Juntam - se outros...
Anexamos ao corpo,
Algumas vezes nem repulsa nem desgosto
...Já somos.


Desaparecem as pessoas
Ocultam-se as letras
Ofusca-se sonhos
Leva em descaminho,
O próprio caminho.


Perdemos o encanto
Encontramos a coragem
(Troca justa, que espanto)


Escondemos as metragens
Sumimos com as rugas...
Perdemos o fio da linha,
Embarcamos no trem da vida. 

5 comentários:

  1. Parece que não se vive mais como antigamente.

    Perdemos o encanto
    Encontramos a coragem
    (Troca justa, que espanto)

    E o blogger está roubando todos os nossos elementos.

    Beijo, Letícia.

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  2. De novo eu encontrei com o mestre Quintana num poema teu. Essa coisa do tempo e as marcas que ele deixa, as mudanças, que viram queixa...

    Mas como em Quintana e na poesia, tudo se recria e vira possibilidade.

    Estamos sempre a um passo do embarque.

    Que belo, guria!

    Beijoca!

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  3. Olá, Letícia.

    A vida é assim: um mosaico estranho e pessoal que é formado por perdas e ganhos. Lindo poema, parabéns!

    Beijos.

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  4. É Letícia, nessa vida se perde muito. Mas no meio das perdas encontramos fragmentos de nós mesmos e nesses fragmentos, descobrimos a coragem. Acontece assim, do jeito que o seu lindo poema descreveu...

    Te encontrei e vou ficar. Volto mais vezes.

    Beijos,

    Erica Gaião

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  5. Um perde e ganha que nos catapulta em crescimento, Leticia.
    Gostei, muito.

    Abraço

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