sexta-feira, 24 de junho de 2011

Poesia é puta

E não tem verso domado
Você ama ou não
É a sina de quem escreve a linha
E linha é como puta...
Indomada e usada
É puta, senhores!
Das palavras de quem as veste
Nos ilustres altos de quem as declama
Ilustrando gerações.

E linha garimpada é lida...
Escancarada aos quatro ventos
É roupa engraçada, enlatada de amores vindouros,
Orquestras e a paixão...
Daquele que ama e não sabe dizer,
De quem traduz respiração
... Suspiro de drama
É beijo de pele,
carinho úmido...
Sentimento preenchido
Tal qual fim de filme
E aresta em ação.

E não tem verso domado
Tem um Q de achismo
Um sorriso de canto,
Aquele drama de tons...
Tem quem veste e se apropria,
Juras que escreveu?
Leu...
Vestiu, redimiu
É paixão, amor ao quadrado
Lápis de ponta
Sonhamos acordado.

Linhas em pontas
Curvas de sol
Sonho que marcha
... Era para ficarmos junto ao pó...
Preferimos a saliência,
Não, não existe a paciência
De quem tem uma vida
E nela permanece só.

3 comentários:

  1. Realmente, é uma puta!
    puta saborosa, daquelas que a gente paga o que for preciso p/ provar...
    e o pior? vicia.

    bjooo Leh

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  2. UAU! Oi Tita, que delícia de poema e você definiu bem essa louca, devassa e tresloucada poesia que a todos envolve, deixando-nos a merce de seus encantos.

    Saudade de ti, menina!

    bjs da Lu

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  3. É puta, sim.
    É dama da noite,
    é brisa do dia.

    Que bela,
    essa poesia!

    ;)

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